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Angola

Angola: centrais sindicais avançam com greve geral a 20 de Março

Luanda – As centrais sindicais angolanas avançam mesmo com a greve geral marcada para 20 de Março, porque não concordam com a proposta salarial apresentada pelo governo. A decisão foi aprovada este sábado, em Luanda, em assembleia de trabalhadores. Os sindicatos desmentem, ainda, as informações segundo as quais as negociações com a tutela estariam a dar resultados.

Sindicalistas angolanosapós aprovação da greve geral para 20 de Março, Luanda, 9 de Março de 2024.
Sindicalistas angolanosapós aprovação da greve geral para 20 de Março, Luanda, 9 de Março de 2024. © Francisco Paulo
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O governo angolano diz que as negociações com as centrais sindicais decorrem a bom ritmo, como resultado da última reunião do conselho de Concertação Social.

A ministra da Administração Publica, Trabalho e Segurança Social (MAPTESS), Teresa Dias, avançou que o governo vai, nos próximos dias, reavaliar a proposta das centrais sindicais, que propõe um aumento na ordem dos 245 mil kwanzas.

Depois de visto e ponderado todos estes factos, ficou, efectivamente, deliberado que temos 45 dias para que o grupo técnico possa continuar a fazer os estudos do salário mínimo nacional, neste caso, destacando aqui a viabilidade de avaliarmos, invés de vermos o salário mínimo por sector, nesta fase seria mais justo que víssemos o salário mínimo nacional”, explicou a governante.

Este sábado, o dia que se formalizou a convocação greve geral para o dia 20 de Março, os sindicatos discordam com a proposta da entidade patronal, recusando-se a esperar os 45 dias para voltarem à mesa com o governo.

Adriano Manuel, porta-voz das centrais sindicais, garante que, não havendo consenso entre as partes, a única saída foi encerrar o ciclo de assembleias, onde os trabalhadores ditaram a iniciativa dos sindicatos.

Vamos à greve sim, senhor. Os trabalhadores de Luanda em representação a todos os trabalhadores a nível nacional decidiram paralisar, decidiram paralisar. A reunião de concertação nacional em que se prorroga a ideia, segunda a qual devemos continuar a abordar a questão do salário mínimo nacional. Não concordamos a ideia, segundo a qual, o salário mínimo nacional deve ser naquilo que é a proposta do governo de Angola”, refere o também presidente do Sindicato dos Médicos Angolanos.

Recorde-se que as centrais sindicais reivindicam o aumento do salário mínimo nacional, o desagravamento do Imposto de Rendimento de Trabalho, (IRT), subsídios de isolamento e melhores das condições de trabalho.

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