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Mundo

Capitais ocidentais condenam a China por praticar trabalho forçado contra minoria uigur

Paris, Washington e outras capitais ocidentais acusam a China de ter internado na região de Xinjiang pelo menos 1 milhão de muçulmanos. Trata-se de uma prática revoltante e inaceitável que a França condenou, segundo o ministro francês da Econoomia. 

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Povo uigur vítima de trabalho forçado e genocídio na China.jpg © Catherine Potet
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O internamento de membros da minoria uigur na China é uma prática "revoltante e inaceitável, declarou o ministro francês da Economia, Bruno Le Maire. "

"Esta prática é revoltante e inaceitável e nós a condenamos firmemente", declarou o ministro entrevistado pela Rádio Franceinfo sobre o internamento forçado de uigures, uma minoria muçulmana e turcófona do oeste da China.

A China desmente o número de 1 milhão de muçulmanos e afirma tratar-se de centros de formação profissional destinados a ajudar essa população a encontrar um emprego para não cair na tentação do extremismo islâmico.

Os Estados Unidos anunciarm ontem colocar 11 empresas chinesas numa lista negra porque estão implicadas em "violações dos direitos humanos e a uma "campanha de repressão, trabalho forçado e recolha involuntária de dados biométricos e de análises genéticas visando o povo uigur, anunciou o departamento americano do comércio. 

Por cá na Europa, o chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, acusou no domingo a China de cometer "atentados graves e chocantes contra os direitos humanos" e o povo minoritário uigur.

Enfim, em Paris, André Gattolin, senador do partido presidencial francês "República em Marcha" denuncia um genocídio em curso no  Xinjiang, em entrevista à nossa colega Yang Juenhua, da redacção em mandarim da RFI.

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André Gattolin, senador francês do partido LAREM, especialista do povo Uigur

"A repressão é intensa há pelo menos 30 anos mas aumentou consideravelmente nos últimos anos com a criação de campos de trabalho e mesmo com deslocações forçadas, portanto, deportações, duma parte da população para o resto do território. 

"Por outro lado, o que se verifica é que há um aumento de uma campanha de esterilização de massa das mulheres, e já é o caso em todo o território do Xinjiang, uma campanha que visa esterilizar o povo uigur, minoritário.

Uma esterilização que entra no quadro jurídico de instrução de processo contra o genocídio de massa.

Por outro lado, há a chegada massiva de colonos do leste da população han nesse território uigur."   

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