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Guiné-Bissau/Política

Deputados de Guiné-Bissau devolvem dinheiro que receberam do governo

Na Guiné-Bissau o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, avistou-se terça-feira com um grupo de deputados, em contexto de novo desentendimento entre o chefe de Estado e a Assembleia Nacional Popular devido à anulação do Acordo assinado pelos presidentes guineense e senegalês.

Deputados guineenses no Palácio presiencial, com, no meio Adulai Baldé, no dia 21 de Dezembro  de 2021.
Deputados guineenses no Palácio presiencial, com, no meio Adulai Baldé, no dia 21 de Dezembro de 2021. © rfi/Aliu Candé
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Alguns deputados guineenses decidiram  devolver dinheiro, que tinham recebido do Governo na sequência da aprovação do Orçamento Geral de Estado para 2022.

À saída da audiência com o Chefe de Estado, o deputado Adulai Baldé afirmou que um grupo de quatro deputados afectos à Bancada Parlamentar do Movimento para Alternância Democrática, Madem-G15, decidiu devolver os dois milhões e meio de francos CFA, que teria recebido do Governo em forma de gratificação, pela aprovação do Orçamento Geral de Estado, como prenda de Natal.

O deputado Adulai Baldé declarou  que o assunto está sob a alçada do Ministério Público, por isso, o grupo não quer mais problemas e ameaçou abandonar o Modem-g15 e voltar para o PAIGC.

O OGE para o próximo ano económico- de 2022, no valor de 246 mil milhões de francos CFA, foi aprovado há duas semanas, no Parlamento, com 53 votos a favor, 39 contra e uma abstenção.

A Guiné-Bissau atravessa uma situação política considerada como tensa por alguns analistas como tensa.

A devolução do dinheiro ocorre  um dia depois do Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló ter alertado sobre as consequências daquilo que  ele considera de má-fé por parte dos deputados. 

Os quatro  deputados decidiram restituir o montante recebido, na sequência da resolução parlamentar que anulou o Acordo de Gestão e Cooperação, entre Bissau e Dacar, assinado pelos Presidentes Umaro Sissoco Embaló e Macky Sall.

O Presidente da República guineense afirmou,que o Parlamento não tem competências para anular o Acordo.

 

 

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