Moçambique "desconhece" que nitrato de amónio que explodiu no Líbano tinha como destino o país
As autoridades moçambicanas "desconhecem" as informações segundo as quais o navio com quase três toneladas de nitrato de amónio a bordo, na origem das explosões no porto de Beirute, teria como destino o porto da Beira.
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As autoridades moçambicanas ligadas aos portos - que preferem não dar entrevistas - consideram que o país não tinha qualquer informação da chegada do navio Rhosus, com bandeira da Moldávia, que segundo informações avançadas por alguma imprensa, seguia da Georgia para Moçambique em 2013.
Devido a problemas mecânicos detectados na altura, o navio atracou no porto de Beirute com a bordo 2.750 tonelmadas de nitrato de amónio, carga depositada em 2015 num armazém nesse mesmo porto.
Seis anos depois as duas explosões, registadas a 4 de Agosto, que provocaram enormes danos humanos e materiais - pelo menos 137 mortos, mais de 5.000 feridos, centenas de desaparecidos e cdrca de 3 mil milhões de dólares de prejuízos - trazem ao debate o transporte de substâncias explosivas, com as autoridades moçambicanas - que recusam dar entrevistas - a negarem que o nitrato de amónio estaria a caminho de Moçambique e que teria o porto da Beira como ponto de atracagem.
A Cornelder, empresa que gere o porto da Beira garantiu esta quinta-feira (6/08) que são proibidas as descargas a granel de nitrato de amónio nas suas instalações e reitera que desconhecia a operação do navio cuja carga teria provocados as explosões no porto de Beirute.
a Cornelder esclarece que para que um navio atraque no porto da Beira, o respectivo anúncio deve ser feito com antecedência de 7 a 15 dias e que a entrada desse tipo de produto no país carece de autorização das autoridades.
O ministério dos Transportes e Comunicações até ao momento não se pronunciou sobre este assunto.
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