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Moçambique

Moçambique: Governo quer responsabilizar agentes que dispararam nas manifestações

A Ministra da justiça de Moçambique, Helana Kida, quer responsabilizar os agentes da polícia que dispararam mortalmente contra cidadãos que participavam nas manifestações de protesto contra os resultados das eleições autárquicas.

Os protestos em Maputo têm-se sucedido nos últimos dias para denunciar irregularidades nos resultados das eleições autárquicas.
Os protestos em Maputo têm-se sucedido nos últimos dias para denunciar irregularidades nos resultados das eleições autárquicas. LUSA - LUÍSA NHANTUMBO
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A responsável pela pasta da Justiça diz estar a acompanhar, com atenção, as marchas de protesto contra os resultados das sextas eleições autárquicas e afirma que ninguém está acima da lei. Helana Kida referiu que as pessoas que foram identificadas devem ser responsabilizadas, sublinhado, no entanto, que neste momento ainda não teve acesso aos processos.

“Os indivíduos identificados têm que ser responsabilizados. O que eu não consigo responder é em que pé está a tramitação processual destas pessoas que estão envolvidas nestes actos. Não tenho a acesso aos processos”, explicou.

Todavia, a ministra da justiça de Moçambique não avança o número de pessoas que perderam a vida nas manifestações. O governo moçambicano fala em dois óbitos, enquanto a sociedade civil contabiliza pelo menos seis vítimas mortais.

Frelimo deve "reconhecer honestamente as derrotas"

Esta terça-feira, a activista Graça Machel defendeu que a Frelimo, partido no poder, deve "reconhecer honestamente as derrotas" e "pedir desculpas ao povo", considerando que a organização foi "assaltada por um grupo minoritário".

Ontem, os partidos extra-parlamentares, representados pela União Eleitoral, consideram que as eleições autárquicas foram fraudulentas e exigiram a dissolução da Comissão Nacional de Eleições e do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral. O presidente da União Eleitoral, Hipólito Couto, defendeu que as eleições autárquicas não foram livres justas e muito menos transparentes, sublinhando que a única solução é a impugnação dos resultados anunciados pela CNE.

Renamo deixa recado ao Conselho Constitucional

A Renamo, principal partido na oposição, que contesta os resultados da Comissão Nacional de Eleições, afirma que se Conselho Constitucional não der provimento ao recurso contra os resultados das eleitorais, as manifestações vão continuar. O Conselho Constitucional deu provimento a um recurso da Renamo em Quelimane, município onde o partido diz ter ganho venceu a eleição.

De acordo com a Comissão Nacional de Eleições, os resultados das sextas eleições autárquicas dão vitória a Frelimo, partido no poder, em 64 dos 65 municípios, o MDM venceu na Beira.

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