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Portugal

Marcelo Rebelo de Sousa eleito Presidente de Portugal

Sem surpresas, Marcelo Rebelo de Sousa, candidato conservador e grande favorito das sondagens venceu as presidenciais de ontem em Portugal logo à primeira volta com 52%, largamente à frente dos 9 outros candidatos, Sampaio da Nóvoa, candidato de esquerda tendo recolhido 22,74% e Marisa Matias, candidata do Bloco de esquerda, tendo criado alguma surpresa ao chegar ao terceiro lugar com um pouco mais de 10%. 

Marcelo Rebelo de Sousa, 67 anos, candidato conservador, foi eleito presidente de Portugal.
Marcelo Rebelo de Sousa, 67 anos, candidato conservador, foi eleito presidente de Portugal. REUTERS/Hugo Correia
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Esta jovem responsável política de um partido próximo do Syriza da Grécia, chegou à frente da antiga ministra socialista da saúde Maria de Belém que nem chegou aos 5% de votos e do candidato comunista Edgar Silva com um pouco menos de 4% dos votos, estas presidenciais tendo igualmente sido marcadas por um recuo da abstenção do record de 2011 de 53,5% para 51,2% ontem.

Conhecido professor catedrático na faculdade de Direito de Lisboa e na Universidade Católica Portuguesa, antigo líder do Partido Social Democrata, mas sobretudo conhecido nos últimos 15 anos como comentador na televisão portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa prepara-se aos 67 anos para suceder ao também conservador Aníbal Cavaco Silva, 76 anos, que está a terminar o seu segundo e último mandato autorizado por lei.

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Perfil de Marcelo Rebelo de Sousa por Miguel Martins

O "Professor" como é conhecido em Portugal herda de um país marcado pelo estigma da crise económica, social e política. Marcelo Rebelo de Sousa que deve ser investido nas suas novas funções a 9 de Março, chega ao poder um ano e meio depois da saída oficial do país da crise, na sequência de um plano de resgate de 78 mil milhões de Euros e apenas algumas semanas após a profunda crise política resultante das legislativas do passado mês de Outubro durante as quais, na ausência de francas maiorias, o socialista António Costa acabou por formar um governo com o apoio dos comunistas e do Bloco de Esquerda.

Apesar do Presidente, nos termos da Constituição Portuguesa, não dispor do poder executivo, ele tem legalmente a possibilidade de dissolver o Parlamento, esta tendo sido aliás uma das possibilidades abordadas à meia voz durante a campanha, de tal modo tem sido contestada a legitimidade do governo de António Costa em certos sectores políticos. Contudo, durante a campanha eleitoral, Rebelo de Sousa nunca demonstrou uma qualquer intenção de usar essa prerrogativa presidencial, o novo presidente eleito de Portugal tendo prometido "restabelecer a unidade nacional", uma promessa reiterada ontem aquando do seu discurso de vitória.

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Marcelo Rebelo de Sousa eleito Presidente de Portugal

A vitória de Rebelo de Sousa não deixou desde já de suscitar reacções nomeadamente a nível interno. O antigo primeiro-ministro social-democrata Passos Coelho felicitou o novo presidente eleito considerando que "esta vitória logo à primeira volta lhe confere uma autoridade política incontestável". No rol das reacções, de referir igualmente a mensagem de felicitações do Presidente e do primeiro-ministro de Cabo Verde, o Presidente Jorge Carlos Fonseca tendo-se mostrado disponível para trabalhar com o novo presidente eleito "dar um novo impulso às relações entre os dois países".
 

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