Contencioso com os EUA sobre reconhecimento de genocídio arménio
O Presidente da Turquia, Rcepe Tayyip Erdogan deplorou na segunda-feira a decisão tomada pelo seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, de reconhecer o genocídio arménio. Erdogan qualificou o genocídio de infundado e considerou que o reconhecimento afectará as relações entre os dois países.
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O chefe de Estado turco reagiu ao reconhecimemto anunciado no dia 24 de Abril, por Joe Biden, afirmando que o seu homólogo norte-americano foi pressionado por grupos arménios radicais e por círculos anti-turcos, nos Estados Unidos, para reconhecer como genocídio, os trágicos acontecimentos ocorridos entre 1915 e 1917.
RecepTayyip Erdogan qualificou de "infundados" e "desleais" os comentários feitos por Joe Biden, sobre os eventos, durante os quais morreram 1,5 milhão e meio de arménios, sob a égide do Império Otomano, no decurso da Primeira Guerra Mundial.
A Turquia reconhece que tanto turcos como arménios morreram, em grande número, ao enfrentar as forças da Rússia czarista, mas nega que tenha havido uma vontade deliberada de levar a cabo um genocídio.
O Presidente turco convidou Joe Biden a olhar para o espelho, assim como apelou o seu homólogo norte-americano a considerar o que os euro-americanos fizeram ao povos autótones da América, aos africano-americanos e no Vietname.
Erdogan e Biden devem avistar-se em Junho próximo,em margem da cimeira da NATO. Todavia o chefe de Estado turco, considerou que o reconhecimento como genocídio dos acontecimentos trágicos de 1915-1917, terá um impacto nas relações futuras entre Ancara e Washington.
A minoria turca de origem arménia, não reagiu até a data ao reconhecimento do genocídio pelo Presidente dos Estados Unidos.
Segundo, Yetvart Danzikyan, chefe de redacção do semanário turco de língua arménia, Agos, o aniversário dos acontecimentos de 1915-1917, caracteriza-se sempre por um clima de tensão, na Turquia.
Contencioso com os EUA sobre o reconhecimento do genocídio arménio
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