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Beirute registou piores confrontos dos últimos anos

Esta sexta-feira, realizam-se os funerais das seis vítimas dos confrontos da véspera em Beirute. A capital do Líbano foi palco do episódio de violência mais grave dos últimos anos e que reacendeu as memórias da guerra civil.

Manifestação em Beirute. 14 de Outubro de 2021.
Manifestação em Beirute. 14 de Outubro de 2021. REUTERS - MOHAMED AZAKIR
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Os confrontos aconteceram na sequência de uma manifestação convocada pelos partidos xiitas Hezbollah e Amal, para exigir a substituição do juiz encarregue do inquérito sobre as explosões no porto de Beirute no ano passado.

As formações xiitas acusam o partido cristão Forças Libanesas de terem mobilizado ‘snipers’ para disparar sobre os apoiantes xiitas quando estes se aproximaram dos bairros cristãos. Algo desmentido pelo partido cristão que pede uma investigação oficial e que acusa o Hezbollah de ter invadido os bairros cristãos durante a manifestação. 

Os confrontos aconteceram junto ao Palácio de Justiça, perto da antiga linha de separação entre os bairros muçulmanos e cristãos durante a guerra civil de 1975 a 1990. Não se sabe exactamente o que aconteceu. O exército fala em disparos quando os manifestantes se deslocavam para o Palácio de Justiça. O ministro do Interior disse que houve ‘snipers’ a disparar sobre os manifestantes.  Seis pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas.

A violência vem aumentar a tensão política no país, onde o Hezbollah e os seus aliados pedem o afastamento do juiz Tareq Bitar que, apesar da pressão, quer levar ao tribunal vários responsáveis pelas explosões de 4 de Agosto do ano passado que mataram mais de 200 pessoas. O problema é que os políticos recusam ser interrogados, mesmo que as autoridades tenham reconhecido que durante anos estavam armazenadas enormes quantidades de nitrato de amónio no porto de Beirute.

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