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Myanmar

Junta Militar do Myanmar faz demonstração de força no 'Dia das Forças Armadas'

Por ocasião, este domingo, do 'Dia das Forças Armadas' no Myanmar, a junta militar que tornou assumir totalmente o poder no país desde o golpe de Estado do dia 1 de Fevereiro de 2021, fez uma demonstração de força organizando um grande desfile em Naypyidaw, capital construída pela antiga junta que estava no poder no começo dos anos 2000.

O líder da Junta Militar, Min Aung Hlaing, durante o desfile comemorando o 'Dia das Forças Armadas' neste domingo 27 de Março de 2022.
O líder da Junta Militar, Min Aung Hlaing, durante o desfile comemorando o 'Dia das Forças Armadas' neste domingo 27 de Março de 2022. AP - Aung Shine Oo
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Carros de assalto, mísseis, peças de artilharia e aviões de combate a sobrevoarem a cidade de Naypyidaw compuseram o desfile com o qual hoje a Junta Militar fez uma nova demonstração de força, mais de um ano depois de retomar o poder, num contexto em que a repressão à resistência civil tem sido feroz.

Foi neste âmbito que o líder da Junta Militar prometeu "aniquilar" os opositores ao regime. A junta "não negociará mais e destruirá até ao fim" os grupos que lutam para derrubar o seu poder, declarou Min Aung Hlaing perante os mais de 8.000 soldados que participaram nestas celebrações durante as quais se esperava igualmente a presença do vice-ministro da Defesa da Rússia, um dos aliados da Junta Militar, que acabou por cancelar a sua deslocação devido à ofensiva do seu país na Ucrânia.

No ano passado, o 'Dia das Forças Armadas' tinha sido o mais violento desde o golpe militar, com pelo menos 163 manifestantes mortos, segundo a Associação de Assistência a Presos Políticos que contabilizou igualmente mais de 1.700 civis mortos e quase 13.000 presos desde o ano passado.

Perante esta situação, a ONU denuncia "prováveis ​​crimes de guerra e crimes contra a humanidade" e os Estados Unidos que acabam de adoptar novas sanções contra o Myanmar na sexta-feira qualificam oficialmente como “genocídio” os abusos cometidos pelos militares contra a minoria muçulmana dos rohingyas em 2017. Apesar disso, a comunidade internacional não mostra uma frente unida face à Junta Militar que segundo o emissário especial da ONU, Tom Andrews, continua a receber apoio militar da Rússia e da China, os seus tradicionais aliados.

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