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Sudão

Organização Mundial da Saúde alerta para "riscos biológicos elevados" em Cartum

Uma das partes do conflito, que não foi identificada, expulsou os técnicos do Laboratório Nacional de Saúde Pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta para "riscos biológicos elevados" e para a “situação extremamente perigosa” em Cartum, depois da ocupação de um laboratório nacional.

No Sudão, continuam as retiradas de cidadãos estrangeiros. Cartum, 23 de Abril de 2023
No Sudão, continuam as retiradas de cidadãos estrangeiros. Cartum, 23 de Abril de 2023 AP - Marwan Ali
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A representante da OMS no Sudão explicou que os combatentes "expulsaram todos os técnicos do laboratório”, sem dizer qual das partes do conflito tem agora o controlo do espaço. Nima Saeed Abid sublinhou que o local guarda amostras dos agentes patogénicos de doenças como o sarampo, a cólera e a poliomielite.

A agência de saúde da ONU também disse que houve 14 ataques a instalações ou pessoal de saúde durante os combates, deixando oito profissionais de saúde mortos e dois feridos. O ministério da Saúde sudanês estima em 459 o número de mortos e em 4072 o número de feridos, desde o dia 15 de Abril, informou a OMS, acrescentando que não foi possível verificar esse número.

Cessar-fogo de 72 horas

Os combates diminuíram durante a noite, com a entrada em vigor da trégua de três dias mediada pelos Estados Unidos, mas ataques aéreos e relatos de novos combates ameaçam o cessar-fogo.

Esta terça-feira, vários países como o Reino Unido, a França e a Alemanha continuaram a transportar civis e diplomatas para fora do Sudão.

Famílias sudanesas também aproveitaram o anúncio de uma trégua para procurar transporte e viajar para um local seguro, temendo que a retirada de estrangeiros os deixe em maior risco.

ACNUR estima mais de 145 mil refugiados

A agência de refugiados da ONU (ACNUR) disse que milhares de pessoas já fugiram do país e que está a preparar a fuga de 270.000 pessoas para os vizinhos Chade e Sudão do Sul.

Cerca de 4.000 refugiados sul-sudaneses que estavam a viver no Sudão regressaram ao seu país de origem, segundo a porta-voz da agência, Olga Sarrado. "Os combates parecem poder desencadear mais deslocações, tanto dentro como fora do país", disse Sarrado, no escritório das Nações Unidas, em Genebra.

Segundo o ACNUR, o conflito poderá causar pelo menos 145 mil refugiados.

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