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Mar Vermelho

China apela ao fim do "assédio" aos navios no Mar Vermelho

Pequim apelou hoje ao fim do que qualificou de "assédio" aos navios civis no Mar Vermelho, numa altura em que se têm multiplicado os ataques dos rebeldes huthis do Iémen contra navios mercantes naquela importante via comercial, em solidariedade com a população de Gaza.

O destroyer USS Laboon da Marinha dos EUA, no passado dia 25 de Dezembro de 2023 no Mar Vermelho.
O destroyer USS Laboon da Marinha dos EUA, no passado dia 25 de Dezembro de 2023 no Mar Vermelho. AFP - ELEXIA MORELOS
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"Apelamos ao fim do assédio a navios civis e à continuidade de cadeias de abastecimento globais fluidas e da ordem comercial internacional". Este foi o apelo hoje de Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, que em declarações à imprensa também destacou que "as águas do Mar Vermelho são uma importante rota de comércio internacional para mercadorias e energia".

Respondendo a este que não é o primeiro apelo da China no sentido de haver uma maior segurança naquela zona, os huthis asseguraram que os navios da China e da Rússia não estão ameaçados. "Estamos prontos para garantir a passagem segura de seus navios no Mar Vermelho", disse Mohammed Al-Bukhait, membro da direcção política dos huthis.

Estas declarações surgem numa altura em que os huthis também reivindicaram nesta sexta-feira ter atacado e atingido o 'Chem Ranger', um navio mercante americano, que circulava no Golfo de Aden. Ao confirmar a ocorrência de um ataque contra este navio, o comando militar americano no Médio Oriente contudo disse que os huthis não tinham chegado a atingir o alvo.

Desde o começo do conflito em Gaza, em Outubro, os rebeldes huthis, movimento pró-iraniano activo no Iémen, têm conduzido ataques no Mar Vermelho contra os navios ocidentais que acusa de fornecer apoio aos Israelitas. "Enquanto não houver cessar-fogo e que o cerco não tiver sido levantado em Gaza" os ataques vão continuar, garantiram ainda hoje os huthis que afirmam agir em solidariedade para com os palestinianos.

Refira-se que para além do aspecto da segurança, o aumento substancial da tensão no Mar Vermelho levou numerosos operadores marítimos a deixar de passar por essa rota, optando por contornar o continente africano pelo Cabo de Boa Esperança, fazendo subir os prazos e os custos do transporte marítimo.

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