Presidente do Parlamento São-tomense propõe alteração da data das legislativas
O Presidente do parlamento são-tomense defende consensos entre os actores políticos para resolver o problema da não-realização de um novo recenseamento eleitoral na perspectiva das eleições legislativas de 25 de Setembro que está actualmente no pomo da discórdia entre os partidos que sustentam politicamente o governo e a ADI, a principal força política da oposição.
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Em conferência de imprensa nesta segunda-feira, o Presidente da assembleia parlamentar, Delfim Neves, advogou que para sair do actual impasse é preciso que haja consenso entre os actores políticos para que as eleições sejam realizadas no início do próximo ano, com alterações dos prazos estabelecidos na lei visando a efectivação do recenseamento eleitoral.
"Primeiro, tem que haver um consenso. Neste caso seria da competência exclusiva do Presidente da República reunir os actores políticos e decidir alterar os prazos, alterar a data das eleições. Havendo consenso, porque não? Outra saída é os partidos políticos que têm representante na Assembleia Nacional tomarem a iniciativa de encurtarem os prazos, naturalmente em consonância com a Comissão eleitoral Nacional para ver se esses prazos são exequíveis", propôs o Presidente do parlamento são-tomense para quem a confusão reside essencialmente na data das eleições marcadas pelo Chefe de Estado são-tomense."O que está a emperrar tudo é a data das eleições. Tudo se desenvolve à volta do prazo desta data-limite", considerou o responsável político.
Refira-se que estas declarações surgem alguns dias depois de o próprio Presidente da República Carlos Vila Nova, no âmbito da celebração do 47° aniversário da independência do país no passado dia 12 de Julho, vincar a necessidade de se realizar um novo recenseamento eleitoral. A CEN, todavia reiterou ainda na semana passada que já não há tempo para efectuar o recenseamento antes das eleições legislativas, regionais e autárquicas marcadas para 25 de Setembro.
Uma situação perante a qual jovens militantes da ADI na oposição organizaram uma marcha na passada sexta-feira para exigir a inclusão nas listas eleitorais de cerca de oito mil jovens no país e na diáspora de modo a dar-lhes a possibilidade de se pronunciar no próximo escrutínio.
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