Embraer abre fábricas em Évora, sob o olhar vigilante de sindicato
Embraer, terceiro construtor aeronáutico mundial, quer voar alto com as duas fábricas que estão sendo inauguradas nesta sexta-feira, em Évora, na região do Alentejo. As projeções de criação de postos são otimistas, mas o sindicato local promete acompanhar de perto a evolução da implantação.
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Leticia Constant, enviada especial da RFI a Évora
O investimento da Embraer está diretamente ligado a três novos aviões, os executivos Legacy 450 e 500 e o militar KC 390, este desenvolvido em parceria com Portugal. Uma das fábricas vai produzir as estruturas metálicas das asas e a outra, os componentes para as caudas dos aparelhos. A montagem final será feita no Brasil.
Com a inauguração de hoje, a empresa passa a ter 12 unidades internacionais, já estando presente nos Estados Unidos, China, França e Singapura.
Cem funcionários já estão em atividade e este número pode aumentar para 400 até o ano de 2015. Se o complexo em Évora se expandir, a Embraer poderá ter até 600 contratados e criar 1.200 postos indiretos nos próximos anos, segundo o seu diretor na Europa, Luis Fuchs.
Mas nem tudo é azul e as nuvens negras da crise também carregam o céu da pequena cidade, profundamente afetada pelo desemprego. O sindicato local de trabalhadores avisou que organizará um protesto diante das fábricas durante a inauguração.
O líder sindical Walter Lóes afirma não ter nada contra a empresa brasileira e se diz contra a política de austeridade do atual governo. Mas aproveita para deixar o recado: "Embraer é bem vinda se garantir boas condições de trabalho e respeitar os direitos dos seus operários".
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