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Brasil

Novo ministro da Defesa do Brasil diz que é preciso "despolitizar" as Forças Armadas

Lula da Silva, Presidente eleito do Brasil, anunciou na sexta-feira os primeiros cinco ministros do seu Governo e para a Defesa, Lula da Silva escolheu José Múcio Monteiro, ex-presidente do Tribunal de Contas da União, que já veio dizer que é preciso "despolitizar" e "despartidarizar" as Forças Armadas.

José Múcio Monteiro, à direita, foi anunciado como o próximo ministro da Defesa do Brasil.
José Múcio Monteiro, à direita, foi anunciado como o próximo ministro da Defesa do Brasil. AP - Ton Molina
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Lula da Silva começou an sexta-feira a revelar a constituição do seu Governo, na mesma altura em que prossegue a transferência de poder do executivo de Jair Bolsonaro e um dos postos é a Defesa, devido à influência de Bolsonaro junto dos militares. O escolhido foi José Múcio Monteiro, ex-presidente do Tribunal de Contas da União, e o novo ministro, que iniciará funções em Janeiro já veio dar o seu ponto de vista sobre as Forças Armadas brasileiras.

"O que eu proponho? Que nós voltemos a ser o que sempre fomos e deu certo. Os militares guardiões, uma instituição de Estado e sem participar de política. É uma volta ao passado? Não. É uma volta ao que sempre foi nas Forças Armadas. A despolitização, e mais, a despartidarização das Forças Armadas é uma coisa absolutamente necessária para o país", afirmou José Múcio Monteiro em entrevista à televisão Globo.

Caberá agora a José Múcio Monteiro apaziguar as Forças Armadas após quatro anos em que muitos militares, não respeitando patentes ou antiguidade, foram promovidos para diversos postos não só dentro das próprias Forças Armadas, mas também dentro de outras estruturas públicas civis. As estimativas mostram que em 2021 havia mais de 6.000 militares em cargos chave da administração pública brasileira, muitos deles nomeados pelo Governo de Jair Bolsonaro.

Para as Finanças, Lula da Silva escolheu Fernando Haddad e o ex-chanceler Mauro Vieira para comandar o Itamaraty, ou seja, o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Mauro Vieira, diplomata de carreira, também já tinha sido ministro desta mesma pasta de Dilma Rousseff entre 2015 e 2016.

À frente da Casa Civil ficará o governador da Bahia, Rui Costa, e na Justiça e Segurança Pública, a escolha recaiu sobre o ex-juiz federal Flávio Dino, que governou o Maranhão entre 2015 e 2022.

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