Brasil: suspeito confessa morte de Dom Philips e Bruno Pereira

A Polícia Federal Brasileira anunciou esta quarta-feira que Amarildo Oliveira, principal suspeito da morte do jornalista britânico, Dom Philips e do activista brasileiro, Bruno Pereira, confessou a autoria do crime.

Vista aérea de parcelas desflorestadas da Amazónia. AFP FOTO / Raphael Alves

Dom Philips, jornalista e colaborador do jornal “The Guardian” e Bruno Araújo Pereira, activista pelos direitos dos povos indígenas desapareceram no passado dia 5 de Junho no Vale do Javari, na Amazónia, perto da fronteira com o Peru e a Colômbia, enquanto realizavam um trabalho sobre as ameaças contra os índios na região.

Amarildo Oliveira, principal suspeito, conhecido por "Pelado" já havia sido detido há uma semana. O irmão, Oseney de Oliveira, que tem a alcunha "Dos Santos" foi preso esta terça-feira.

Amarildo já se afigurava como principal suspeito, uma vez que existiam testemunhas que afirmavam tê-lo visto a perseguir os dois profissionais num barco.

Esta quarta-feira, a Polícia Federal Brasileira informou que Amarildo, conhecido como “pelado”, confessou a autoria do crime e levou as autoridades até ao local onde os corpos foram enterrados. O suspeito disse ainda ter afundado o barco utilizado por Bruno e Dom.

Órgão de comunicação social estadão. © Twitter Estadão

"O primeiro preso neste caso, conhecido por 'Pelado', o senhor Amarildo resolveu confessar voluntariamente, no final da noite, a prática criminosa. Ele narra com detalhes o crime realizado e aponta o local onde enterrou os corpos”, disse o director-executivo da polícia, em conferência de imprensa.

Segundo a televisão brasileira Band News, os dois homens foram mortos e esquartejados para não denunciarem a pesca ilegal que os homicidas levavam a cabo na região.

Nos próximos dias, os corpos vão ser submetidos a um teste de ADN para a indentificação e confirmação dos restos mortais, segundo os meios de comunicação brasileiros. As autoridades continuam a investigar a eventual participação de outras pessoas no crime.