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Brasil

Polícia brasileira ouve mais de 1.500 pessoas sobre invasão em Brasília

O ministro da Justiça do Brasil, Flávio Dino, afirmou que já foram efectuadas mais de 200 detenções e estão a ser ouvidas mais de 1.200 pessoas suspeitas de terem invadido Brasília no domingo, continuando a apurar-se a extensão dos danos nos diferentes edifícios do poder executivo, legislativo e judicial.

No domingo, milhares de pessoas irromperam nas sedes dos três poderes em Brasília causando danos irreparáveis no Palácio do Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal.
No domingo, milhares de pessoas irromperam nas sedes dos três poderes em Brasília causando danos irreparáveis no Palácio do Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal. AP - Eraldo Peres
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Coube ao ministro Flávio Dino fazer a actualização das investigações sobre a invasão da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que aconteceu no Domingo, com o responsável pela pasta da justiça a dar conta de centenas de detenções, com muitos interrogatórios ainda a decorrerem.

"Nós tivemos a realização de 209 prisões em flagrante e estão a ser ouvidas aproximadamente 1.200 pessoas, totalizando em terno de 1.500 detenções e prisões. Temos 50 equipas que estão a identificar estas pessoas, a ouvi-las e, claro, o encaminhamento jurídico vai ser feito. Foram realizadas as perícias pela polícia federal, nos edifícios sede do poder executivo, do Congresso Nacional e no Supremo", informou o ministro.

Ao mesmo tempo, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, emitiu uma declarações conjunta com os presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal (STF) repudiaram os "actos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem em Brasília".

O Presidente do Brasil conversou ainda com Joe Biden, o Presidente dos Estados Unidos, com este a transmitir-lhe "o apoio inabalável dos Estados Unidos à democracia do Brasil e à vontade do povo brasileiro". Lula deverá visitar os Estados em Fevereiro.

É também nos Estados Unidos que se encontra Jair Bolsonaro e onde cresce um movimento entre eleitos nacionais para expulsar o ex-Presidente brasileiro. Na segunda-feira, Bolsonaro terá dado entrada num hospital em Miami com fortes dores abdominais, condenado nas redes sociais os ataques em Brasília, referindo-se aàs "depredações e invasões de prédios públicos" levadas a cabo pelo seus apoiantes. Além disso, repudiou as acusações "sem provas" de seu sucessor.

Na capital brasileira, continua o apuramento das responsabilidades, com o ministro Flávio Dino a dar conta que estão a ser elaboradas investigações de forma a apurar todos os estragos causados pela invasão de milhares de pessoas no Domingo.

"Estas perícias visam a instrução dos inquéritos que estão a ser instaurados no âmbito da polícia federal e também para a promoção da responsabilidade civil, ou seja, estes laudos dimensionando os prejuízos vão ser remetidos à advocacia geral da União para que cubra a indemnização de quem perpetrou danos materiais, alguns irreparáveis em relação aos edifícios-sede e ao património histórico ali alojado", indicou o governante.

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