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Turquia

Turquia: Últimas sondagens dão ligeira vantagem a Kiliçdaroglu

60 milhões de eleitores turcos escolhem no próximo domingo o seu futuro, numa eleição com importantes consequências para uma grande área do globo. Se nenhum dos três candidatos registar uma maioria, haverá uma segunda volta daqui a duas semanas.

Recep Tayyip Erdogan (esq) e Kemal Kilicdaroglu (drt).
Recep Tayyip Erdogan (esq) e Kemal Kilicdaroglu (drt). © Cagla Gurdogan & Murad Sezer, Reuters - Montage RFI
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A dois dias de uma das mais importantes e disputadas eleições da história da moderna república turca, cresce a incerteza sobre o desfecho das eleições presidenciais e legislativas. Uma das últimas sondagens, publicadas hoje (sexta-feira, 12 de Maio de 2023), dá a Kemal Kiliçdaroglu, 74 anos, líder do principal partido da oposição, (CHP, esquerda nacionalista e laica), 48%, contra os 47% do actual presidente Recep Tayyip Erdogan, 69 anos, há 21 anos no poder, com uma governação marcada pela polarização, erosão do estado de direito e ataques às liberdades e direitos individuais. Um terceiro candidato, nacionalista, terá cerca de 4%.

A profunda crise económica que o país vive, com uma redução acentuada do poder de compra dos cidadãos, em virtude de uma hiperinflação, parcialmente causada pelas políticas económicas pouco ortodoxas do actual presidente, e o facto de que desta vez a oposição se ter unido numa frente anti-Erdogan, criaram as condições para uma eventual mudança de regime. 

Pela primeira vez em duas décadas, a oposição tem uma chance real de derrotar Erdogan, que no seu quarto de século no poder ganhou as treze eleições que disputou, geralmente com larga margem.

A Turquia está fracturada ao meio, resultado de um estilo de governação baseado em políticas identitárias e nacionalistas, e numa retórica de divisão, do eles contra nós, muçulmanos contra cristãos, patriotas contra curdos separatistas, sunitas contra alevitas, crentes contra laicos. 

De um lado, um estilo mais autocrático, beligerante, defendendo um nacionalismo feroz e um conservadorismo social. Do outro, uma agenda e discursos mais inclusivos, tolerantes, apelando à reconciliação nacional e à melhoria das relações entre a Turquia e os seus vizinhos.

 

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