Acesso ao principal conteúdo
Angola

João Lourenço aposta na continuidade

João Lourenço prestou um juramento à Nação, assinou o termo de posse e termos individuais e discursou ao país. O Presidente reeleito prometeu uma governação de proximidade, defendendo uma "mudança de paradigma" e uma "luta contra as más práticas".

O Presidente eleito de Angola, João Lourenço, acena durante a cerimónia de tomada de posse, iniciando o seu segundo mandato, em Luanda, Angola, 15 de Setembro de 2022.
O Presidente eleito de Angola, João Lourenço, acena durante a cerimónia de tomada de posse, iniciando o seu segundo mandato, em Luanda, Angola, 15 de Setembro de 2022. LUSA - AMPE ROGERIO
Publicidade

A cerimónia de tomada de posse do Presidente reeleito decorreu na Praça da República, em Luanda, perante 12 chefes de Estado e dezenas de representantes diplomáticos, mas sem a presença do principal líder da oposição (UNITA), Adalberto Costa Júnior, que contestou os resultados das eleições de 24 de Agosto e prometeu manifestações para o próximo dia 24 de Setembro. 

Durante o discurso, João Lourenço prometeu uma governação de proximidade, defendendo uma "mudança de paradigma" e uma "luta contra as más práticas".

"Neste cerimónia dirijo-me a vocês no cargo de Presidente da República para o mandato de 2022-2027, na sequência das eleições gerais, que deram vitoria ao MPLA e ao seu candidato", começou por dizer o Presidente reeleito, felicitando o povo angolano, que considerou ser o "verdadeiro vencedor destas eleições".

"Quero felicitar-vos pelo vosso patriotismo e pelo grau de confiança nestas que foram as mais disputadas eleições na história da jovem democracia angolana", disse. 

Nestas eleições gerais "os angolanos apostaram na segurança para garantir paz e estabilidade no país. Felicito todos os partidos e coligações pela vossa participação nestas eleições", acrescentou.

O Presidente angolano agradeceu à Comissão Nacional Eleitoral, ao Tribunal Constitucional, às Forças de Ordem, aos observadores internacionais e nacionais e aos meios de comunicação, mas também aos chefes de Estado e instituições que lhe endereçaram as mensagens de felicitações.

Ao assumir as funções de Presidente, João Lourenço prometeu "respeitar a Constituição e a lei, ser o Presidente de todos os angolanos e governar em prol do desenvolvimento social do país, para o bem estar de todos os angolanos", garantido que vai dedicar toda a força e atenção na "busca das melhores soluções para o país: no sector social".

João Lourenço lembrou que vai "continuar a investir no ser humano, como principal agente de conhecimento". Apostar no acesso à agua potável e energia, "continuaremos a trabalhar em politicas para promover o sector privado na economia, aumentar as exportações e criar mais postos de trabalho para os angolanos, mas sobretudo para os mais jovens".

João Lourenço comprometeu-se, ainda, desenvolver as infra-estruturas no país, criando mais acessos a água potável, electricidade, combatendo a seca severa e fome no sul do país e construção de estradas. 

"Vamos continuar a apostar na protecção das minorias, nos idosos, das crianças", esta vai ser uma das preocupações deste segundo mandato, afirmou o chefe de Estado angolano.

O Presidente angolano lembrou os esforços que o país tem feito para encontrar soluções nos conflitos no continente africano e lançou um apelo concreto à Rússia para terminar com o conflito na Ucrânia.

Ao contrário do que aconteceu em 2017, a cerimónia não foi aberta ao público. O acesso à tomada de posse foi dirigido por convite aos cerca de 15.000 convidados que acampanharam o evento.

Presentes estiveram os Presidentes da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, também presidente da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), de Cabo Verde, José Maria Pereira Neves, de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, e da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal, o único país europeu estar presente ao mais alto nível, e diversos chefes de Estado africanos. Moçambique enviou o ministro da Defesa e Timor-Leste esteve representado pela embaixadora.

Estiveram presentes ainda os Presidentes da República do Congo, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Zâmbia, Namíbia e Zimbabué, bem como a República Árabe Sarauí Democrática.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.