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Vítimas dos atentados de 13 de Novembro começam a ser ouvidas

Esta terça-feira, no julgamento dos atentados de 13 de Novembro de 2015 em Saint-Denis e em Paris, começam a ser ouvidas vítimas e familiares de pessoas que morreram nos ataques. Hoje, Sophie Dias vai falar sobre o seu pai, Manuel Dias, que morreu no Stade de France.

Vue de l'intérieur de la Cour d'assises de Paris, le 8 septembre 2021, à l'occasion du procès des attentats du 13 novembre 2015.
Vue de l'intérieur de la Cour d'assises de Paris, le 8 septembre 2021, à l'occasion du procès des attentats du 13 novembre 2015. AP - Michel Euler
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São cerca de 300 as pessoas que vão testemunhar, a partir desta terça-feira e durante cinco semanas, entre sobreviventes e familiares de vítimas que morreram nos atentados de 13 de Novembro de 2015. 

Esta terça e quarta-feira, vão falar as partes civis relacionadas com os ataques no Stade de France, nomeadamente Sophie Dias, filha de Manuel Dias que morreu junto ao estádio nessa noite. Sophie fala hoje, ainda que não tenha “nenhuma expectativa em relação ao julgamento”. Ainda assim, a jovem de 39 anos sabe que “o julgamento é algo que vai ficar na história” e ela não vai deixar que a história esqueça o seu pai.

“Aqui é mesmo o dever de memória, é não esquecer a vítima do Stade de France e a pessoa que era o meu pai”, conta.

07:40

Entrevista a Sophie Dias

A partir de quarta-feira, falam as vítimas e familiares de vítimas dos atentados nas esplanadas de cafés, em Paris, e as quatro semanas seguintes vão ser dedicadas aos testemunhos do ataque ao Bataclan.

O julgamento dos atentados de 13 de Novembro de 2015, em Paris, começou a 8 de Setembro, quase seis anos depois dos piores ataques terroristas cometidos em França que fizeram 130 mortos e centenas de feridos. Presentes nas audiências, estão 14 arguidos, nomeadamente Salah Abdeslam, o único sobrevivente do comando jihadista dessa noite.

O julgamento vai durar quase nove meses e estão previstas 145 dias de audiências até 25 de Maio de 2022, de acordo com o calendário provisório. Há 1.765 partes civis, de mais de vinte nacionalidades, das quais deverão prestar depoimento cerca de 300 pessoas, entre sobreviventes dos atentados e próximos das vítimas. Há, ainda, 330 advogados e141 órgãos de comunicação social acreditados, incluindo 58 internacionais.

É sob segurança máxima que um colectivo de juízes vai julgar 20 arguidos, nomeadamente Salah Abdeslam, o único elemento vivo dos que perpetraram os ataques de 13 de Novembro de 2015. Seis arguidos estão ausentes: Ahmed Dahmani, suspeito de prestar apoio logístico à célula terrorista que preparou os atentados, está preso na Turquia desde 2016; os outros cinco são alvo de mandados de captura, embora haja suspeitas que tenham morrido em bombardeamentos na Síria. Trata-se de Oussama Atar e Obeida Aref Dibo, acusados de terem dirigido os atentados terroristas, Fabien Clain e Jean-Michel Clain, autores da mensagem áudio a reivindicar os ataques, e Ahmad Alkhald (ou Omar Darif), cujo ADN foi encontrado em coletes de explosivos em Paris.

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